domingo, 14 de outubro de 2012

Supercontinentes


O planeta Terra desde a sua formação ja sofreu inúmeras alterações, começando pela “TERRA EM FUSÃO”,  há 4560 milhões de anos,  passando por  uma sucessão de Supercontinentes: UR, RODÍNIA, PANNÓTIA e PANGEA, até chegar ao globo que representa os continentes tal como se apresentavam há 50 milhões de anos atrás, já relativamente próximo da actualidade. E finalmente um globo representando a Terra actual.                                                                  
GLOBO1:Terra em fusão: 4560 Ma                                                                                                                                   Formação do planeta Terra por acção do bombardeamento de planetésimais e protoplanetas (acreção).
GLOBO 2: Ur: 3000 Ma
Primeiro supercontinente situado na zona equatorial.

GLOBO 3: Rodínia: 1100 – 750 Ma
Supercontinente que se manteve durante cerca de 350 Ma sendo a sua configuração ainda debatida. A vida ainda não tinha invadido os continentes e a concentração de O2 na atmosfera ainda era muito baixa, segundo alguns autores.

GLOBO 4: Pannótia: cerca de 600 Ma
A Pannótia, descrita pela primeira vez em 1997 por IW Daziel, surgiu no fim do éon Proterozóico (600-540 Ma). Todas as massas continentais estavam próximas do pólo Sul. Aparentemente este supercontinente teve curta duração e desintegrou-se dando origem a 2 grandes continentes, Proto-Laurásia e Proto-Gondwana, e um outro mais pequeno: Báltica.

Os níveis de oxigénio atmosférico mantinham-se baixos e as plantas ainda não tinham invadido os continentes.
GLOBO 5: Pangea: 255 Ma
A Pangea resulta do re-agrupamento dos continentes dispersos formando um novo supercontinente (300-200 Ma). A separação e agrupamento dos continentes foi aparentemente cíclica ao longo da evolução da terra e tudo isso devido ao movimento das placas tectónicas. A existência deste supercontinente foi compreendida cientificamente por Wegener através do estudo de fósseis de espécies idênticas em continentes que estão actualmente completamente separados e através do estudo geológico dos continentes adjacentes.

Posteriormente, através da Tectónica de Placas, os dados de paleomagnetismo nos continentes e as anomalias magnéticas nos oceanos confirmaram a visão de Wegener. Só para as Eras Mesozóica e Cenozóica é possível reconstituir directamente a posição e movimentação das diferentes placas e suas fronteiras. Para os períodos anteriores é apenas possível localizar aproximadamente as massas continentais através do paleomagnetismo e indirectamente obter a localização dos antigos oceanos; estes são totalmente consumidos por subducção seguida por colisão dos continentes (e arcos insulares), gerando-se as suturas que correspondem às cicatrizes a partir das quais nucleiam as cadeias de montanhas ou orógenos.                                                                                                    Este é também um período em que a diversificação da vida vegetal e animal foi muito rápida alterando também as condições edáficas, climáticas e bióticas.
GLOBO 6: Continentes: 50Ma.
Ao longo do tempo a própria Pangea sofreu várias alterações. A primeira alteração deu-se no Jurássico (cerca de 175 Ma), quando se deu a abertura do mar de Tétis e do Pacífico originando dois grandes continentes: a Laurásia e a Gondwana. A Laurásia, a Norte, abriu dando origem ao Atlântico Norte. O Atlântico Sul só surgiu no início do Cretácico.

A segunda grande mudança também  se iniciou no Cretácico (cerca de 140 Ma) quando Gondwana se separou em 4 continentes: África, América do Sul, Índia e Antárctida/Austrália.
A terceira e última fase de separação da Pangea ocorreu no início do Cenozóico. A Laurásia separou-se completamente a Norte dando origem ao continente Americano e à Eurásia, abrindo-se o Atlântico Norte. O Oceano Índico e Atlântico continuaram a expandir-se. Entretanto a Sul a Austrália separou-se da Antárctida e dirigiu-se a Norte.