segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Teoria da Tectónica de Placas

Para a formulação desta teoria foi também essencial o conhecimento da distribuição dos sismos e erupções vulcânicas no planeta, já que a distribuição destes são reflexo da posição e movimentação das placas tectónicas.
A Teoria da Tectónica de Placas parte do pressuposto de que a camada mais superficial da Terra - a litosfera - está fragmentada em várias placas de diversas dimensões que se movem relativamente umas às outras, sobre um material viscoso, mais quente. Aquelas placas denominam-se placas litosféricas ou tectónicas e as zonas de contacto entre elas são geralmente regiões geologicamente activas, designadas por fronteiras ou limites de placa.
A Teoria da Tectónica de Placas estabelece que, ao contrário do que pensava Wegener, não são os continentes que se movem mas sim as placas litosféricas.
Nas fronteiras das placas denominadas por cristas ou dorsais, é criada nova litosfera oceânica que depois pode ser consumida nas zonas de subducção, no limite oposto dessas placas. O motor do movimento relativo das placas é o calor interno da Terra que é transferido até à superfície através de células de convecção que se situam na astenosfera.
 
 
Geomagnetismo da Terra

A origem do campo magnético da Terra é ainda hoje discutida, mas a teoria mais aceite é a de que o nosso planeta possui um núcleo externo líquido constituído por ferro e níquel que se encontra em movimento (Ver figura 2). O movimento destes metais fundidos origina um campo eléctrico no interior do núcleo que por sua vez origina o campo magnético terrestre.



Teoria da isostasia

É dado o nome de teoria da isostasia às hipóteses que procuram interpretar as compensações que ocorrem em profundidade dos relevos superficiais em função do seu peso (densidade).
A litosfera é uma camada de rocha sólida, de espessura variável e é a camada mais externa do planeta. Esta camada está assente sobre a astenosfera que é uma camada de rocha com menor rigidez comportando-se como um líquido. Isto leva a que a litosfera “flutue” sobre a astenosfera.
Numa região montanhosa seria de esperar a existência de anomalias gravimétricas positivas como resultado da elevada massa das cadeias montanhosas.


 
 
No entanto não se dão anomalias gravimétricas o que leva os cientistas a supor que as montanhas têm “raizes” profundas formadas por rochas de baixa densidade.
 

 
 
Assim sendo ficamos a perceber o porquê desta normalidade nos registos gravimétricos das zonas montanhosas. A maior massa presente na montanha em relação ao vale é depois compensada pelo facto de esta possuir uma “raiz” profunda de material pouco denso.
É agora importante perceber como se comporta esta “raiz” durante o processo de erosão da montanha.
Quando a montanha é erodida, esta erosão dá-se na parte exposta da montanha, sendo que, por isso, o volume da parte superior da zona de relevo diminui, assim sendo há um desiquilibrio entre o volume de solo superior e o volume de solo da dita “raiz”. Assim sendo dá-se a ascensão dos materiais da raiz de forma a que ocorra um ajustamento isostático e que as proporções entre a raiz da montanha e a parte superior desta voltem a apresentar valores normais.

 
 
 
A isostasia é um processo segundo o qual os ambientes geológicos atingem o equilíbrio com o meio. Este mecanismo é particularmente interessante uma vez que nos faz perceber o porquê de antigas zonas montanhosas serem agora planícies (como é o caso da planície Alentejana). Esta teoria explica também o porquê de quando uma montanha é erodida a sua "raiz" não permanecer intacta provocando anomalias gravimétricas negativas.
 





sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

 Correntes de convecção

As correntes de convecção são as responsáveis pela deslocação das placas litosféricas.
Os materiais rochosos no interior do manto encontram-se a temperaturas muito elevadas (da ordem dos 4800oC, junto ao núcleo), enquanto próximo da superfície da Terra se encontram a temperaturas muito mais baixas (em média cerca de 150oC). A elevada diferença de temperatura provoca a subida dos materiais quentes e, portanto, menos densos, até ao limite superior da astenosfera; aí, divergem lateralmente, arrefecendo à medida que se vão deslocando, tornam-se mais densos do que os materiais circundantes e mergulham novamente, em direcção à zona mais quente, onde se iniciou o movimento de ascenção, fechando um circuito. Estas correntes circulares de materiais são denominadas correntes de convecção e o circuito é designado célula de convecção.

Também se admite que o núcleo externo, extremamente quente, se encontra no estado de fusão; o calor desta região propaga-se para o manto, por condução; as partes externas do núcleo arrefecem mais do que as internas e, devido à diminuição da temperatura, produz-se um aumento da densidade no material. O material, mais frio e mais denso, desce e o material da parte interna do núcleo, mais quente e menos denso, sobe, gerando-se, também, correntes de convecção.

Teoria da deriva continental

    A teoria da Deriva Continental foi proposta em 1912, pelo cientista alemão Alfred Wegener, dizia esse que há milhões de anos havia um só continente chamado Pangéia que era cercado por um só oceano denominado Pantalassa. Em tempos anteriores à teoria da Deriva Continental surgiram outras teorias propostas por cientistas que também perceberam o fato, mas não obtiveram êxito em suas descobertas, pois essas não repercutiram.
   Segundo a Deriva Continental, a Pangéia teria se rompido vagarosamente dividindo-se em dois continentes denominados Laurásia, localizado ao norte, e Godwana, localizado ao sul. Baseando-se nos perímetros africanos e brasileiros, foi observado que esses poderiam se encaixar perfeitamente, dando a confirmação de que os continentes se romperam e que continuaram a formar novos continentes, resultando no que percebemos nos dias de hoje.


Argumentos a favor da teoria de Wegener

1. Argumentos Geológicos
  
Os continentes encaixam entre si como peças num puzzle, sendo mais evidente entre as costas atlânticas de África e América do Sul.
 
 
 
 
 
 
 

2.Argumentos Paleontológicos
 
Fósseis da mesma espécie foram encontrados em locais que distam milhares de quilómetros e estão actualmente separados por oceanos. É pouco provável que estes seres vivos pudessem ter percorrido estas elevadas distâncias.
 



 
 
3. Argumentos Paleoclimáticos
 
O estudo dos climas antigos trouxe algumas surpresas. Sedimentos glaciares que só se formam a altas latitudes e baixas temperaturas, foram encontrados em zonas como a África e América do Sul. Isto indica que estes continentes já estiveram próximos do pólo sul e que entretanto se afastaram mantendo os registos nas rochas.
 

 
 
4. Argumentos Geofísicos

Wegener pressupôs que se existiam movimentos verticais, também existiam movimentos horizontais resultantes de forças actuantes ao longo do tempo. Este tipo de movimentos horizontais podiam ser comprovados pela existência de cadeias montanhosas como os himalaias.
 

5. Argumentos Geodésicos

Comparação de variações de latitude, longitude e altura, de pontos de refêrências situados em diferentes locais da Terra.

domingo, 14 de outubro de 2012

Supercontinentes


O planeta Terra desde a sua formação ja sofreu inúmeras alterações, começando pela “TERRA EM FUSÃO”,  há 4560 milhões de anos,  passando por  uma sucessão de Supercontinentes: UR, RODÍNIA, PANNÓTIA e PANGEA, até chegar ao globo que representa os continentes tal como se apresentavam há 50 milhões de anos atrás, já relativamente próximo da actualidade. E finalmente um globo representando a Terra actual.                                                                  
GLOBO1:Terra em fusão: 4560 Ma                                                                                                                                   Formação do planeta Terra por acção do bombardeamento de planetésimais e protoplanetas (acreção).
GLOBO 2: Ur: 3000 Ma
Primeiro supercontinente situado na zona equatorial.

GLOBO 3: Rodínia: 1100 – 750 Ma
Supercontinente que se manteve durante cerca de 350 Ma sendo a sua configuração ainda debatida. A vida ainda não tinha invadido os continentes e a concentração de O2 na atmosfera ainda era muito baixa, segundo alguns autores.

GLOBO 4: Pannótia: cerca de 600 Ma
A Pannótia, descrita pela primeira vez em 1997 por IW Daziel, surgiu no fim do éon Proterozóico (600-540 Ma). Todas as massas continentais estavam próximas do pólo Sul. Aparentemente este supercontinente teve curta duração e desintegrou-se dando origem a 2 grandes continentes, Proto-Laurásia e Proto-Gondwana, e um outro mais pequeno: Báltica.

Os níveis de oxigénio atmosférico mantinham-se baixos e as plantas ainda não tinham invadido os continentes.
GLOBO 5: Pangea: 255 Ma
A Pangea resulta do re-agrupamento dos continentes dispersos formando um novo supercontinente (300-200 Ma). A separação e agrupamento dos continentes foi aparentemente cíclica ao longo da evolução da terra e tudo isso devido ao movimento das placas tectónicas. A existência deste supercontinente foi compreendida cientificamente por Wegener através do estudo de fósseis de espécies idênticas em continentes que estão actualmente completamente separados e através do estudo geológico dos continentes adjacentes.

Posteriormente, através da Tectónica de Placas, os dados de paleomagnetismo nos continentes e as anomalias magnéticas nos oceanos confirmaram a visão de Wegener. Só para as Eras Mesozóica e Cenozóica é possível reconstituir directamente a posição e movimentação das diferentes placas e suas fronteiras. Para os períodos anteriores é apenas possível localizar aproximadamente as massas continentais através do paleomagnetismo e indirectamente obter a localização dos antigos oceanos; estes são totalmente consumidos por subducção seguida por colisão dos continentes (e arcos insulares), gerando-se as suturas que correspondem às cicatrizes a partir das quais nucleiam as cadeias de montanhas ou orógenos.                                                                                                    Este é também um período em que a diversificação da vida vegetal e animal foi muito rápida alterando também as condições edáficas, climáticas e bióticas.
GLOBO 6: Continentes: 50Ma.
Ao longo do tempo a própria Pangea sofreu várias alterações. A primeira alteração deu-se no Jurássico (cerca de 175 Ma), quando se deu a abertura do mar de Tétis e do Pacífico originando dois grandes continentes: a Laurásia e a Gondwana. A Laurásia, a Norte, abriu dando origem ao Atlântico Norte. O Atlântico Sul só surgiu no início do Cretácico.

A segunda grande mudança também  se iniciou no Cretácico (cerca de 140 Ma) quando Gondwana se separou em 4 continentes: África, América do Sul, Índia e Antárctida/Austrália.
A terceira e última fase de separação da Pangea ocorreu no início do Cenozóico. A Laurásia separou-se completamente a Norte dando origem ao continente Americano e à Eurásia, abrindo-se o Atlântico Norte. O Oceano Índico e Atlântico continuaram a expandir-se. Entretanto a Sul a Austrália separou-se da Antárctida e dirigiu-se a Norte.