Teoria da isostasia
É dado o nome de teoria da isostasia às hipóteses que procuram interpretar as compensações que ocorrem em profundidade dos relevos superficiais em função do seu peso (densidade).
A litosfera é uma camada de rocha sólida, de espessura variável e é a camada mais externa do planeta. Esta camada está assente sobre a astenosfera que é uma camada de rocha com menor rigidez comportando-se como um líquido. Isto leva a que a litosfera “flutue” sobre a astenosfera.
Numa região montanhosa seria de esperar a existência de anomalias gravimétricas positivas como resultado da elevada massa das cadeias montanhosas.
No entanto não se dão anomalias gravimétricas o que leva os cientistas a supor que as montanhas têm “raizes” profundas formadas por rochas de baixa densidade.
Assim sendo ficamos a perceber o porquê desta normalidade nos registos gravimétricos das zonas montanhosas. A maior massa presente na montanha em relação ao vale é depois compensada pelo facto de esta possuir uma “raiz” profunda de material pouco denso.
É agora importante perceber como se comporta esta “raiz” durante o processo de erosão da montanha.Quando a montanha é erodida, esta erosão dá-se na parte exposta da montanha, sendo que, por isso, o volume da parte superior da zona de relevo diminui, assim sendo há um desiquilibrio entre o volume de solo superior e o volume de solo da dita “raiz”. Assim sendo dá-se a ascensão dos materiais da raiz de forma a que ocorra um ajustamento isostático e que as proporções entre a raiz da montanha e a parte superior desta voltem a apresentar valores normais.
A isostasia é um processo segundo o qual os ambientes geológicos atingem o equilíbrio com o meio. Este mecanismo é particularmente interessante uma vez que nos faz perceber o porquê de antigas zonas montanhosas serem agora planícies (como é o caso da planície Alentejana). Esta teoria explica também o porquê de quando uma montanha é erodida a sua "raiz" não permanecer intacta provocando anomalias gravimétricas negativas.
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